Nessa quarta-feira, dia 26 de setembro, o grupo de manifestantes foi reduzido. Imaginamos que seja por uma série de razões, dentre elas, a alta temperatura e a baixa umidade que atinge Brasília nesses dias. Mas, mesmo assim conseguimos reunir cerca de 50 pessoas vindas de diversas igrejas e movimentos. Foi um tempo muito importante. O grupo se dividiu em dois. Enquanto a grande maioria permanecia na Praça dos Três Poderes, três manifestantes foram para o Senado acompanhar em oração as discussões da Comissão de Constituição e Justiça sobre o chamado Pacote Ético. Leia abaixo o relato do Pedro Nicola.
Enquanto isso, na Praça, um grupo de 30 pessoas também vestido de camisetas pretas com as inscrições “Senado Federal – Vergonha Nacional” gritavam palavras de ordem e traziam faixas que questionavam as atitudes daquela casa. O grupo se posicionou ao lado do nosso. Muito embora as armas utilizadas na manifestações eram distintas, todos buscavam um objetivo comum. A cada semana os arredores da Câmara se tornam mais visitados por grupos diversos.
Ao final da manifestação um grupo voltou ao Senado, mas a sessão da CCJ já havia terminada. Mesmo assim puderam conversar pessoalmente com o senador Cristovam Buarque, dizer-lhe da insatisfação de todos e relatar as manifestações que estão acontecendo semanalmente.
Muito embora o número tenha sido menor do que o esperado, não desanimamos. Voltaremos à Praça dos Três Poderes na próxima quarta, dia 03 de outubro, das 12h às 14h. Contamos com seu apoio e participação.
Um grupo vai à sessão do CCJ no Senado Federal
Ontem estivemos na praça dos três poderes orando por nossos pecados e pelos do nosso povo também. Apesar de em número menor que da primeira vez, foi um momento muito abençoado e abençoador. Sei que Deus quer que sejamos servos fiéis a ele desta forma também, clamando por nós e nosso povo.
Enquanto todo pessoal estava na Praça dos Três Poderes orando, eu, o Victor e a Laudicene fomos à Comissão de Constituição e Justiça, a CCJ do senado, pois sabíamos que estaria sendo apreciado o chamado "pacote ético" que trata, entre outras coisas, do fim das sessões secretas e fim das votações secretas no senado e do afastamento compulsório de integrantes da mesa diretora, também do senado, caso exista algum processo aberto contra eles na comissão de ética da casa ou na justiça também. Infelizmente não pudemos abrir a faixa com um versículo bíblico que havíamos levado pois a polícia legislativa não permitiu. Mas assistimos a um pedaço da sessão e depois voltamos à Praça dos Três Poderes.
Apesar de ser um pequeno passo rumo à transparência, fiquei muito feliz hoje quando li a notícia que transcrevo ogo abaixo. Será que é resposta de oração?
Em Cristo,
Pedro Nicola.
Senado aprova fim das sessões secretas nos casos de perda de mandato
Correio Web - 09:26-27/09/2007
BRASÍLIA - Falta apenas a Mesa do Senado promulgar a decisão que o Plenário da Casa tomou na noite dessa quarta-feira para que sejam extintas as sessões secretas nos casos de deliberação sobre perda de mandato de senador. Em votação simbólica na qual nenhum senador se pronunciou de forma contrária, o Projeto de Resolução (PRS) 55/07, de autoria do senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi aprovado.
O projeto de Delcídio excluía do rol de hipóteses em que obrigatoriamente a sessão plenária transforma-se em secreta aquela que trata da perda de mandato de senador, em situações nas quais o país não se encontre em estado de sítio. O relator da matéria em Plenário, senador Romero Jucá (PMDB-RR), excluiu também das votações secretas as suspensões de imunidade de senador durante estado de sítio.
Com a aprovação do projeto de resolução, as sessões serão obrigatoriamente secretas apenas nos casos de declaração de guerra, acordo sobre a paz, escolha de chefe de missão diplomática de caráter permanente e se convocada de ofício pelo presidente da Casa, ou mediante requerimento de algum senador.
Acho que o Senado está avançando. Todos os senadores desta Casa fecharam posição em favor da extinção da sessão secreta. Dessa forma, o Senado resgata um procedimento que a sociedade considera importante, afirmou Jucá.
Nomeado relator da matéria, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de ela entrar em regime de urgência, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) indagou ao presidente Renan Calheiros o porquê de Romero Jucá ter sido indicado para relatar o PRS no Plenário, em vez dele próprio. Renan explicou que é sua, regimentalmente, a competência para designar relator no Plenário.
(Agência Senado)