Estive assistindo um filme sobre o Apartheid na África do Sul e em um dado momento um militante contra o regime opressivo disse ao seu algoz: 'No futuro, meus filhos pensarão em mim como o homem que decidiu que era hora de fazer algo'.
Esta frase revela o lado participativo do homem na luta contra a tirania. E a tirania pode vir em vários formatos. Aqui no Brasil, ela vem de uma maneira muito sutil, encoberta por uma fachada democrática, banhada em corrupção. Na verdade, vivemos em uma pseudo-democracia. O que vemos no Congresso Nacional não é uma manifestação de homens e mulheres servindo ao povo, mas uma luta constante pelo poder a qualquer custo. Com a corrupção como modelo de atuação política, nossos representantes geram as mais profundas distorções na nossa sociedade e, com isso, milhares de pessoas morrem, assim como no exemplo da África do Sul.
O Criscor – Cristãos Contra a Corrupção – aplaude, portanto, toda iniciativa de homens e mulheres que não querem entrar para a história como pessoas inertes. A corrupção mata e vai continuar matando. Por causa disso, eu, Robson Pereira, professor da UnB, pastor da Igreja Cristã Evangélica do Núcleo Bandeirante e presidente do Criscor, fui para a Esplanada dos Ministérios e com o maior prazer segurei faixas que exigem uma postura mais séria dos nossos representantes.
Assim como aquele personagem do filme, nossa ação pode parecer pequena e isolada, mas isso não deve nos deter. Pelo contrário, deve ser o combustível que nos levará às ruas novamente. Se unirmos essa disposição a uma atitude de oração constante e decisão de acabarmos com a corrupção em nós estaremos minando as bases da corrupção no nosso país inteiro.
Robson Pereira
Presidente do Criscor – Cristãos Contra a Corrupção